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Dos Neandertais aos nossos dias

O “Mare Nostrum”, como foi batizado pelos romanos, é um mar interior do Oceano Atlântico, e o maior do Mundo, estende-se por cerca de 2,5 milhões de metros quadrados Europa, Ásia e África, do Estreito de Gibraltar a Istambul e retornando pelo norte de África até Marrocos. As suas costas são procurados por pessoas de todo o mundo pela sua beleza e clima únicos, tanto que a dieta dos povos que habitam esta região do globo é considerada uma das mais equilibradas.

Foi num destes recantos que há cerca de 42.000 anos o homem decidiu deixar a sua marca.

Nerja, é um municipio da provincia de Málaga (57kms) a “apenas” 6 horas de viagem de Lisboa segundo os amigos cavernosos que nos acompanharam na visita, destino balnear de excelência desde os anos 60, a sua popularidade subiu com as gravações na localidade da série de êxito internacional Verano Azul.



A 12 de Janeiro de 1959, 5 jovens aventureiros entraram numa pequena toca à procura de morcegos. Aventurando-se por estreitos túneis e com apenas uma pequena lanterna chegaram a uma enorme galeria onde “tropeçaram” num esqueleto, muito assustados e pensando tratar-se de um aventureiro incauto que como eles tinha entrado mas não tinha conseguido sair, fugiram contando a notícia aos seus familiares e amigos.

A gruta com grande valor arqueológico é ainda hoje estudada por biólogos, geólogos, paleontólogos e arqueólogos e visitada anualmente por milhares de pessoas, se quer escapar ao grande número de visitantes, evite os meses de Julho e Agosto, altura em que recebem cerca de 80.000 visitantes. As visitas são acompanhadas sendo a explicação dada através de um sistema de audio guia. Das 11 salas que compõem a gruta, apenas 5 estão abertas ao público, a Sala de Belém, a Sala dos Fantasmas, a Sala das Cascatas, a Sala da Torca e a Sala do Cataclismo, nome deveras bem escolhido pelo caos de blocos que se encontra pelo chão da sala, destaca-se aqui a grande coluna existente com 18 metros de diâmetro.

O percurso de visita é circular, sendo a saída ao lado do local de entrada. Durante anos as grutas de Nerja receberam inúmeras atuações de dança e canto no seu interior, contudo em 2013 a reparação da infra-estrutura existente para receber ao público levou ao seu desmantelamento.


A gestão é feita pela Fundação Cueva de Nerja, bastante ativa na localidade, gere também o espaço museológico de Nerja onde estão as ossadas encontradas na gruta. O museu dispõe de 3 andares contando história desta povoação desde o homem primitivo à atualidade, passando pelo boom turístico. Há um comboio turístico entre a gruta e o museu.

A envolvente da gruta dispõe de casas de banho, loja, parque de merendas, parque infantil, bar e restaurante com serviço de buffet onde podem também ser realizados eventos.

Se vier com tempo, não dispense de uma visita ao Caminito del Rey, junto às barragens do rio Guadalhorce. Um pequeno caminho de serviço, em certos aspetos semelhante às levadas da Madeira. Após um acidente que vitimou três jovens foi interdito para reparações e hoje é um dos ex-libris da região podendo ser visitado por quase todas as pessoas.

São 3 quilómetros de passadiços entre dois desfiladeiros e um vale, destaca-se a impressão na rocha do desfiladeiro sul de uma amonite e a travessia final por uma ponte himalaia em metal e com chão em gradeamento.

O acesso é feito pela entrada norte, perto do restaurante El Kiosko e termina a sul junto à estação de comboio de El Chorro de onde saem autocarros em direção ao ponto de partida.


Pode consultar mais informação em:




Todas as fotos pela amiga cavernosa Marta Borges

fo/es/

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